Aos 72, Angela Vieira não mira aposentadoria: 'Sempre haverá um personagem'

Conhecida por papéis marcantes na TV, a atriz Ângela Vieira, 72, não pensa em parar de trabalhar. Longe das novelas há dois anos, quando fez participação em "Além da Ilusão", ela acredita que sempre haverá papéis para interpretar, independentemente da idade.

Longevidade

Não miro uma aposentadoria. Sempre haverá uma personagem para um ator e uma atriz fazer, independente da idade. É uma profissão que eu considero privilegiada mesmo, né? Porque, enquanto você tiver vontade, [você pode fazer]; algumas outras, infelizmente, não são assim. Mas, enquanto você tiver vontade e saúde, você pode pisar naquele tablado, pode fazer um filme, uma novela, uma série, enfim, a gente não acaba.
Ângela Vieira

Para Ângela, quem é artista recebe um presente da vida: poder trabalhar com que gosta por mais tempo. "Se a gente tiver saúde, a arte que cada um exerce vai estar viva. Se você é um ator, pode atuar; se é um músico, pode tocar; se é um dançarino, pode dançar dentro das suas limitações; se é um artista plástico, pode pintar."

A atriz carioca se prepara para voltar aos palcos em 2025. A Splash, ela conta que comprou os direitos de um texto que terá direção de Fernando Filbert. Ela vai dividir os holofotes com o ator Victor Thierry. "Isso me deixa muito emocionada, porque o Céssio, o avô do Thierry, foi um grande amigo, um dos primeiros amigos na profissão... A gente está no processo de captação [de recursos]. Meados do ano que vem, se Deus e todos os deuses do teatro quiserem, a gente estreia."

Sem projetos na TV, ela diz não saber se sente falta especificamente de fazer novela "porque ocupa a agenda durante muito tempo", mas televisão é um veículo que ela não sabe viver longe. "Gosto e tenho prazer em fazer. Mas o maior prazer é estar podendo fazer, ter saúde para fazer, seja teatro, televisão ou cinema."

Ângela conversou com Splash durante evento recente no Retiro dos Artistas, projeto o qual ela apoia há anos e que recentemente firmou parceria com o SESC. "Quando a gente fala do Retiro, as pessoas falam com um tom de voz de lástima, porque os artistas estão aqui. Não, não é uma lástima, é uma dádiva, porque além de ser um lugar gregário, é um lugar muito bem amparado. Oportunidade de cuidar da saúde e de estar em seus pares. Isso é alegria. Toda vez que a gente vem visitá-lo, a alegria nos contagia."

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