Modelo transa 18x em 12h: 7 perguntas para você saber se é viciado em sexo
A modelo Debora Gomes, 30, diz que chegou a transar 18 vezes ao longo de apenas doze horas. Representante do Piauí na disputa do Miss Bumbum 2024, ela se considera viciada em sexo e confessou que isso já atrapalhou seus relacionamentos.
A recomendação é que os afetados pelo transtorno procurem psicólogos e psiquiatras especializados para iniciar tratamento. VivaBem lista algumas perguntas que podem ajudar a identificar o vício.
1. Você consegue postergar seu desejo sexual ou precisa saciá-lo imediatamente?
A maioria de nós, quando está com vontade de fazer sexo, consegue esperar. Pensamos em outra coisa e continuamos nossas atividades. Mas, em geral, indivíduos com o transtorno não têm essa prerrogativa. O desejo ou a fantasia sexual preponderam sobre qualquer outro tipo de preocupação, inclusive familiar e profissional.
2. O sexo tem causado prejuízos sociais, financeiros ou profissionais?
O critério para diagnosticar o transtorno do comportamento sexual compulsivo não é a quantidade de vezes por dia que se faz sexo, e sim a perda de controle sobre esse comportamento e o prejuízos em áreas importantes da vida.
3. Você se sente mal consigo mesmo após a atividade sexual?
Em 1991, o psiquiatra Patrick Carnes, conhecido por ter popularizado o termo "vício em sexo", descreveu o que ele batizou de "ciclo do dependente de sexo". Na primeira fase, a pessoa tem pensamentos eróticos. Depois, entra numa espécie de transe, uma fase de alta excitação: é o momento em que, nos homens, por exemplo, surge a ereção.
A terceira fase é a ritualização. Ela tenta, das mesmas formas ou de formas parecidas, chegar até o local onde aprendeu a fazer sexo ou a consumir pornografia, do jeito menos perceptível possível. Por fim, o ato sexual é consumado, com outra pessoa ou a partir da masturbação.
Mas é aí que entra uma característica importante para o diagnóstico do transtorno: quando o indivíduo ejacula, ele se sente muito mal com o comportamento sexual que teve.
A CID-11, em que o vício em sexo se enquadra, pondera que se a angústia estiver relacionada a julgamentos morais ou religiosos sobre impulsos ou comportamentos sexuais, o quadro não é suficiente para que alguém seja diagnosticado com o distúrbio.
4. Percebe que, para obter o prazer sexual, precisa cada vez mais de sexo?
Se não for tratado, o comportamento sexual repetitivo pode escalonar rapidamente, situação semelhante à que ocorre com dependentes químicos.
Se hoje a pessoa se masturba um determinado número de vezes por dia, por exemplo, é provável que daqui a algumas semanas ela precise triplicar essa frequência para satisfazer seus impulsos sexuais.
5. Já tentou diminuir a prática sexual e não conseguiu?
Segundo a CID-11, outro sinal de alerta é quando o indivíduo já fez várias tentativas para controlar ou reduzir significativamente seu comportamento sexual repetitivo, mas não conseguiu.
Esse padrão de falha de controle deve ser observado por no mínimo seis meses, de acordo com a OMS. O diagnóstico não pode ser feito apenas por um episódio maníaco, nem em situações em que o paciente estava sob ação de uma substância ou medicamento.
Também é importante observar se outros problemas não desencadearam o transtorno. Tristeza, ansiedade, tédio, solidão ou outros estados afetivos negativos podem gatilhar os comportamentos sexuais desordenados.
6. Envolve-se em práticas sexuais de risco, por vezes sem perceber?
Pessoas com transtorno do comportamento sexual compulsivo frequentemente se engajam em práticas sexuais de risco — como transar com pessoas desconhecidas, sem preservativo ou em locais arriscados.
7. Mesmo sabendo que pode causar sofrimento para si e para os outros, tem dificuldade em superar comportamento?
São muitos os prejuízos causados pelo transtorno do comportamento sexual compulsivo. Eles podem ser tanto individuais quanto coletivos, incluindo conflitos conjugais e consequências financeiras ou legais, além de gerar quadros de angústia.
Essas pessoas também têm maior risco de contrair IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e de ter ferimentos graves nas regiões genitais. Contudo, afirma a OMS, o indivíduo continua a se envolver em comportamento sexual repetitivo apesar das consequências adversas e mesmo quando obtém pouca ou nenhuma satisfação com isso.
* Com informações de matéria de agosto de 2022
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