Nanorrobôs usados para matar células de câncer passam em teste
Pesquisadores do Karolinska Institutet (Suécia), desenvolveram um método inovador para combater o câncer: eles usaram nanorrobôs (robôs praticamente invisíveis a olho nu, mas que podem ser empregados em diversos campos, como medicina e ciência).
A pesquisa foi detalhada na revista Nature Nanotechnology em 1 de julho.
Como estudo foi feito
Primeiro, os nanorrobôs foram acoplados a uma nanoestrutura exposta apenas no microambiente do tumor. Isso permitiu que a tecnologia destruísse as células cancerígenas enquanto poupava as células saudáveis.
A chave para o sucesso é o microambiente ácido que geralmente envolve as células tumorais. Quando o pH cai para 6,5, a arma peptídica dos nanorrobôs é ativada, matando as células doentes.
Em testes com camundongos com câncer de mama, a abordagem reduziu em 70% o crescimento do tumor em comparação com os animais não tratados com esse método.
Os pesquisadores agora querem aperfeiçoar os nanorrobôs, adicionando proteínas ou peptídeos (cadeias de aminoácidos) em sua superfície para se ligarem a certos tumores. A ideia é testar se a tecnologia funciona em cânceres mais avançados e se causa efeitos colaterais, antes de ser utilizada em humanos.
DNA origami
É chamado assim o campo da nanociência que estuda as formas das nanomáquinas e como essas estruturas, centenas de vezes menores do que um fio de cabelo, devem ser para interagir melhor com corpo humano, computadores e eletrônicos.
Segundo cientistas da Universidade Estadual do Arizona (EUA), em colaboração com o NCNST (Centro Nacional de Nanociência e Tecnologia - China), em testes feitos em ratos injetados com células cancerosas humanas, as nanomáquinas tiveram sucesso contra o câncer, não só de mama, como de pele, ovário e pulmão. Os pesquisadores acreditam que o sucesso deve se repetir em outros casos.
"Todos os vasos sanguíneos sólidos que irrigam os tumores são, essencialmente, os mesmos", afirmou, em 2018, Hao Yan, especialista em DNA origami e líder desse projeto de desenvolvimento de nanorrobôs capazes de exterminar células de câncer por conta própria, sem a necessidade de controle humano.
*Com informações de reportagem publicada em 14/02/2018
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